Ao longo dos meus 30 anos de vida, sobretudo
nestes últimos, tenho conhecido cada vez mais pessoas com Síndrome de Quenga. Ora, para quem não sabe (que eu também só
inventei isto ontem à tarde) Síndrome de Quenga (SQ) é uma perturbação
neurocomportamental adquirida, que se manifesta sobretudo entre indivíduos do
sexo feminino, caracterizada essencialmente pela exibição de comportamentos
semelhantes aos de uma mulher que faz sexo por dinheiro, vulgarmente designada
por prostituta.
.
Entre as características mais comuns,
podemos destacar:
- Peculiaridade do discurso e da
linguagem: Regra geral, as portadoras de SQ possuem uma baixa autoestima (estilo
temperaturas na Rússia no pico do inverno), por isso sentem uma enorme
necessidade de se autoelogiarem, chegando mesmo a utilizar expressões como "Sou
mesmo boa!", "Sou um espetáculo!" ou "Sou uma gata!";
- Tendência mórbida para se “atirar”
a namorados/companheiros/maridos das outras: as portadoras desta síndrome têm
necessidade de se evidenciar perante indivíduos do sexo masculino, o que as
leva a comportarem-se de forma extremamente carinhosa e dúbia com os homens, independentemente
da sua idade ou estado civil, até na presença da namorada/companheira/esposa. Apostam
frequentemente na troca de emails ou mensagens, de forma a fazerem-se presentes,
mesmo quando estão longe;
- Propensão para se vitimizar:
a mulher portador de SQ tende a vitimizar-se, sobretudo entre indivíduos do
sexo masculino, apostando na imagem de “coitadinha”, para que possa sair ilesa
de qualquer problema relacional que possa vir a causar;
- Défice de interação social com
indivíduos do mesmo sexo: a paciente tende a ter bastante dificuldade em
relacionar-se com outras mulheres, quer porque se isola, uma vez que se sente
ameaçada, quer porque facilmente faz inimizades entre o sexo feminino.
.
Calcula-se que em Portugal existam umas
boas centenas de portadores de Síndrome de Quenga, afetando sobretudo mulheres
entre os 20 e os 35 anos. São observáveis algumas destas características em
elementos do sexo feminino com menos de 20 anos, mas essas têm o benefício da
idade. Pode afetar mulheres de diferentes idades e quadrantes da sociedade, desde
estudantes de turismo, a bibliotecárias, decoradoras de interiores, costureiras
ou reformadas do magistério primário.
.
Linguagem científica à parte, que eu
também não sou muito dada a estas coisas, as portadoras de SQ são todas aquelas
mulheres com quem se cruzam diariamente que se comportam como putas, apenas não
são pagas para ter sexo (Aliás, pensei em Síndrome de Puta para designar esta
patologia, mas não queria ferir suscetibilidades, e quenga até soa a fofinho,
muito melhor do eu rameira, pega ou meretriz).
.
Conhecem alguém que sofra desta síndrome?
Conhecem pois, que eu também conheço.