segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Síndrome de Quenga

Ao longo dos meus 30 anos de vida, sobretudo nestes últimos, tenho conhecido cada vez mais pessoas com Síndrome de Quenga. Ora, para quem não sabe (que eu também só inventei isto ontem à tarde) Síndrome de Quenga (SQ) é uma perturbação neurocomportamental adquirida, que se manifesta sobretudo entre indivíduos do sexo feminino, caracterizada essencialmente pela exibição de comportamentos semelhantes aos de uma mulher que faz sexo por dinheiro, vulgarmente designada por prostituta.
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Entre as características mais comuns, podemos destacar:
Peculiaridade do discurso e da linguagem: Regra geral, as portadoras de SQ possuem uma baixa autoestima (estilo temperaturas na Rússia no pico do inverno), por isso sentem uma enorme necessidade de se autoelogiarem, chegando mesmo a utilizar expressões como "Sou mesmo boa!", "Sou um espetáculo!" ou "Sou uma gata!";
Tendência mórbida para se “atirar” a namorados/companheiros/maridos das outras: as portadoras desta síndrome têm necessidade de se evidenciar perante indivíduos do sexo masculino, o que as leva a comportarem-se de forma extremamente carinhosa e dúbia com os homens, independentemente da sua idade ou estado civil, até na presença da namorada/companheira/esposa. Apostam frequentemente na troca de emails ou mensagens, de forma a fazerem-se presentes, mesmo quando estão longe;
Propensão para se vitimizar: a mulher portador de SQ tende a vitimizar-se, sobretudo entre indivíduos do sexo masculino, apostando na imagem de “coitadinha”, para que possa sair ilesa de qualquer problema relacional que possa vir a causar;
Défice de interação social com indivíduos do mesmo sexo: a paciente tende a ter bastante dificuldade em relacionar-se com outras mulheres, quer porque se isola, uma vez que se sente ameaçada, quer porque facilmente faz inimizades entre o sexo feminino.
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Calcula-se que em Portugal existam umas boas centenas de portadores de Síndrome de Quenga, afetando sobretudo mulheres entre os 20 e os 35 anos. São observáveis algumas destas características em elementos do sexo feminino com menos de 20 anos, mas essas têm o benefício da idade. Pode afetar mulheres de diferentes idades e quadrantes da sociedade, desde estudantes de turismo, a bibliotecárias, decoradoras de interiores, costureiras ou reformadas do magistério primário.
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Linguagem científica à parte, que eu também não sou muito dada a estas coisas, as portadoras de SQ são todas aquelas mulheres com quem se cruzam diariamente que se comportam como putas, apenas não são pagas para ter sexo (Aliás, pensei em Síndrome de Puta para designar esta patologia, mas não queria ferir suscetibilidades, e quenga até soa a fofinho, muito melhor do eu rameira, pega ou meretriz).
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Conhecem alguém que sofra desta síndrome? Conhecem pois, que eu também conheço.

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